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Violência Doméstica

A Violência Doméstica existe desde sempre, porém apenas a umas décadas as mulheres começaram a denunciar os agressores. Mas a que se deve a Violência Doméstica? Que consequência tem para a vítima e para o agressor?

A Violência Doméstica a maioria das vezes começa muito cedo, mas de forma muito subtil. Muitas vezes enquanto namoro, a controlar as mensagens e chamadas do telemóvel, proibindo de comunicar e de estar com amigos, através de chantagens psicológicas, como “se fizeres isso, não gostas de mim o suficiente”, ou fazendo-a escolher à força “De quem gostas mais? De mim ou de eles?”, ou mesmo tentando manipular a vitima ficando contra os próprios amigos ou familiares. O agressor é muito possessivo e controlador, tendo um ciúme doentio, este justifica-se que “quem ama tem ciúmes” ou “ tudo o que faço é porque te amo”.

Na maioria os agressores, gradualmente aumentam a sua violência passando de psicológica, a verbal, ofendendo a vitima, insinuando que esta não tem um comportamento adequado, a maioria das vezes ao nível sexual, insinuando que se envolveu com algum conhecido ou amigo. Muitas vezes chega a um ponto de violência física, punindo a vítima por um comportamento que nunca existiu, apenas imaginado por o agressor, como “envolver-se com o vizinho” ou “ser muito vaidosa para chamar a atenção ao amigo”.

Ao mesmo tempo que agride o agressor faz com que vitima seja cada vez mais dependente de ele, afastando-a dos amigos e família, muitas vezes proibindo-a de trabalhar ou quando esta trabalha, entrega-lhe o dinheiro para ele gerir, impõe compras de forma a ficarem obrigatoriamente “juntos” a pagar.

Paralelamente a todas as agressões e estratégias de controlo tornando a vitima dependente, o agressor faz que a vitima pense que tudo o que ambos “estão a passar” as agressões, o controlo, é perfeitamente saudável e normal em todos os casais e como normalmente a vitima não conhece outra realidade, facilmente acredita no agressor.

A vítima desde o início a vítima sente-se desconfortável, mas acredita que o agressor vai mudar o seu comportamento e viverem felizes. Porém como o agressor a afasta de todos amigos e familiares, fazendo-a depender cada vez mais de si e fazendo-a acreditar que todas as agressões são “normais” nos casais, a vítima terá medo de por fim à relação.O receio de ficar sozinha, medo de não ter capacidade económica para fazer a sua vida ou de ser novamente agredida, são tudo motivos para a vítima não denunciar, nem se afastar do agressor.

Estudos indicam que o agressor possui uma baixa auto-estima, sentindo-se imponente e ineficaz. Possivelmente deveu-se a uma educação muito depreciativa e pouco valorizadora, isto é, para os pais o filho nunca era o suficientemente bom para ser amado. Assim o agressor projeta toda essa angústia para a vítima. Mostrando-se que é quase prefeito, enquanto a vítima é imperfeita e não tem qualquer valor. Contudo por baixo daquela “capa”, o agressor tem um medo extremo de ser abandonado.

Existe um ciclo de violência, em 4 fases: fase do aumento da tensão; fase da agressão; fase da reconciliação; e fase de calma, levando novamente à primeira fase.

O agressor aparenta ser agradável e encantador, entre períodos de violência, principalmente para pessoas estranhas. Parecendo ter doença bipolar (Ver Doença Bipolar).

Existe um aumento significativo de denúncias em todo o mundo, mas isso não é sinónimo de mais violência pelo contrário, pode representar mais coragem para denunciar a violência que sempre existiu.

E você, conhece casos de violência doméstica?

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Autor: Jorge Elói

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