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5 Princípios Fundamentais na Educação para a Resiliência

Resiliência é um conceito que muito se fala atualmente. Mas será quem fala sabe realmente o que é a resiliência? Esta é algo inato ou apreendido?

A palavra Resiliência deriva do latim, Resilio, que significa ressaltar. É um conceito que provem da física, referente à propriedade de um material absorver e devolver energia sem sofrer deformações permanentes.

O termo de Resiliência foi adaptado às ciências sociais recentemente, usado para caraterizar as pessoas que conseguem ultrapassar e resistir às adversidades, mesmo expostas a ambientes extremamente nocivos e adversos.

Uma pessoa resiliente é capaz de autodesenvolver competências de nível físico e/ou psicológico, permitindo-lhe adaptar-se melhor a uma realidade imprevisível, agindo de forma adequada e rapidamente sobre a mesma, conseguindo superar e/ou contornar os obstáculos que lhe vão surgindo.

A Resiliência é constituída por um conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que permitem ter um desenvolvimento e uma vida saudável, num meio adverso. Esta é considerada uma competência, isto é, é algo adquirido e não algo inato. Apesar de existirem algumas predisposições genéticas que possam facilitar ou dificultar determinados processos.

A maioria dos estudos sobre a resiliência referem-se são feitos em crianças, porem esta capacidade não é exclusiva desta fase da vida. Existindo assim adolescentes, adultos e idosos resilientes.

Existem autores que defendem que se pode educar visando o desenvolvimento da resiliência, identificando 5 fatores fundamentais deste tipo de educação:

Orientação Social Positiva – Desde pequena a criança deve saber: dar valor à parte social, à partilha, aos amigos. Deve ser capaz de facilmente conseguir fazer amigos, sendo mais solidária e menos egoísta. Deve também aprender a compreender os que a rodeiam, não sendo negligente com os sentimentos dela nem das outras pessoas. ( Ver Amizade: Importância Psicológica e Características )

Auto-Estima Elevada – A criança dever ser devidamente valorizada, de forma a sentir-se capaz de encarar e explorar o meio ambiente, com confiança e lucidez.

Adultos significativos – O facto que existirem pelo menos um adulto significativo, é talvez considerado o fator mais importante. Pode ser um pai, a mãe, um tio, um professor, o psicólogo, têm de ser alguém de confiança para a criança. A criança tem que sentir-se genuinamente aceite, e que esse adulto se importa genuinamente com ela. Sabendo que aconteça o que acontecer ele continuará ao seu lado.

Rede Social – A criança deve sentir um suporte social bem definido, servido de segurança, caso necessite. Como se uma corda de segurança, que lhe proporciona uma segurança extra ao ultrapassar os obstáculos.

Coesão Familiar – Este pode talvez considerado um fator facilitador de todos os outros, apesar de não ser crucial. Muitos dos estudos de crianças resilientes, são de crianças que não possuem “família”. Além de que este fator pode ser proporcionado por dois dos anteriormente referidos, refiro-me aos Adultos Significativos e à Rede Social, visto que a família pode ser considerada para a criança “uma rede social de adultos significativos”. (Ver Família: Perspetiva Sistémica I)

Concluindo, estes cinco fatores vêm em certa medida melhorar as probabilidades das crianças de meios adversos conseguirem se desenvolver de forma saudável, porém aumenta a responsabilidade dos técnicos educativos no potencial sucesso da mesma.

E você, conhece alguém Resiliente?

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Autor: Jorge Elói

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