A Hipnose é um estado induzido de alteração de consciência, em que através de sugestões se consegue que a outra pessoa obedeça de forma extrema. Mas quais os limites da hipnose? Atualmente o que se sabe sobre a hipnose?
A Hipnose dita científica, teve origem no século XIX por James Braid, porém existem relatos e descrições do uso desta técnica, séculos antes. Esta, ao longo do tempo, derivado às experiências e investigações, tem sofrido algumas alterações, contudo a estrutura central ainda se conserva.
Esta técnica foi utilizada por várias personagens relevantes na história da psicologia como: Ivan Pavlov, Erickson, Sigmund Freud, entre outros.
Esta técnica possui algumas fragilidades, nomeadamente:
Desconhecimento do Processo – Os investigadores sabem que através de determinado procedimento, conseguem ter acesso a estruturas cognitivas, que para o indivíduo sozinho seria muito difícil. Contudo, não se sabe ao certo como isso acontece.
Suscetibilidade Pessoal – Uma outra fragilidade referida, é o facto que nem todas as pessoas são “facilmente” susceptiveis a ser hipnotizadas. Mas na minha opinião, isso não é uma fragilidade, pois qualquer terapia não possui a mesma eficácia em todos os pacientes.
Reconhecimento Científico – Apesar de existir a hipnose científica e hipnose clínica, muitas pessoas, entidades e até mesmo muitos países, a hipnose não é vista com bons olhos, devido talvez ao desconhecimento do processo (como referi anteriormente). Além de que muitas vezes se observar em sessões de hipnose fenómenos, muitas vezes atribuídos à parapsicologia ( que não é uma ciência).
Na fase inicial da hipnose, o hipnotizador através de sugestões verbais tenta “regular” a consciência e a atenção do hipnotizado, de forma a este se abstrair dos estímulos, focar-se na voz e aceder a estruturas cognitivas.
Ao contrário, do que se pensa e muitas pessoas têm medo, durante a hipnose não se perde a consciência. Por isso, não estamos entregues por completo ao hipnotizador, visto que qualquer sugestão ofensiva ou que violação dos “limites” do sujeito, resultaria numa interrupção imediata e voluntária por parte do mesmo.
O uso da hipnose estende-se por várias áreas: no tratamento de doenças funcionais; tratamento de distúrbios psicológicos; tratamento e/ou cura de hábitos e vícios; tratamento da disfunção alimentar; pode servir como analgésico em dor aguda ou crónica; pode servir de anestesia em procedimentos cirúrgicos; útil na obstetrícia; melhora a aprendizagem; reduz o stress e aumenta a motivação; melhoram o sono, etc.
A hipnose tem elevado especial eficácia no tratamento das doenças psicossomáticas (Ver Psicosomáticas: Doenças e Sintomas), à semelhança o que acontece com o placebo (Ver Efeito Placebo: Conheça este Incrível Efeito).
Independentemente do desconhecimento do processo de hipnose, este método revela uma ferramenta muito útil na ajuda do ser humano e no estudo da sua psique e dos seus processos mentais. Daí na minha opinião, não se deve por de lado, nem pelo contrário, se centrar unicamente qualquer tratamento na hipnose, contudo a hipnose deve ser complementar nas várias áreas e ciências que envolvem a mente humana, desde a medicina, a psicologia, a educação, até ao treinamento desportivo.
E você, a hipnose desperta-lhe curiosidade?
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Autor: Jorge Elói