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Terrores Noturnos: Causas e Implicações

Terrores noturnos são manifestações comportamentais de medo intenso durante o sono. Confundidos muitas vezes com pesadelos, porém, os Terrores Noturnos são considerados um distúrbio do sono. Mas o que são Terrores Noturnos? E o que diferem dos Pesadelos?

Terrores Noturnos, tal como o Sonambulismo (Ver Sonambulismo: Causas e Implicações) é um distúrbio do sono ainda relativamente pouco conhecido. Este caracteriza-se por manifestações comportamentais de medo intenso enquanto dorme. Essas manifestações terminam com o despertar repentino por um grito ou por comportamentos do próprio individuo, acordando-se a si próprio.

Estas manifestações caraterizam-se por movimentos corporais extremos e violentos, gritos, gemidos, sudorese, respiração ofegante, em alguns casos a saída em sobressalto da cama ou até do próprio quarto. Mais raramente verifica-se comportamento destrutivo, contra objetos, contra si próprio ou até mesmo contra outras pessoas. Muitas vezes pode ocorrer em simultâneo com o sonambulismo. Estas manifestações ocorrem normalmente no máximo de 10 minutos.

Durante o terror noturno o organismo ativa-se como se estivesse perante um perigo extremo, aumento das taxas respiratórias e cardíacas (chegando a 170 batimentos por minuto) e aumento drástico da tensão arterial. Reagindo como se de um possível perigo se tratasse.

Em relação à incidência, verifica-se que a probabilidade de incidência é inversamente proporcional à idade, isto é, calcula-se que aproximadamente 14% das crianças têm pelo menos uma manifestação de Terrores Noturnos. Diminuindo para 7.5% nos adolescentes e 3% nos adultos.

Quanto à origem, embora desconheça-se a origem, conhecem-se  fatores que aumentam a probabilidade de ocorrer. Entre eles estão: momentos de ansiedade extrema, conflitos do consciente face ao inconsciente, presença num acontecimento traumático, instabilidade emocional. Fatores biológicos como a febre também aumentam a probabilidade de ocorrências. Alguns investigadores apontam para imaturidade do sistema nervoso, porem esta explicação não é muito aceite. Nos primeiros relatos, na antiguidade acreditava-se que na ocorrência de Terrores Noturnos, um demónio se sentava em cima da pessoa enquanto esta dormia. Os critérios de DSM-IV para diagnóstico é possível verificarem-se aqui.

O tratamento passa por evitar a privação de sono, estabelecer rotinas de deitar/acordar. Evitar alimentos de “digestão pesada” na hora de dormir. Suspender o consumo de substâncias e iniciar psicoterapia. A Hipnose (Ver Hipnose) também tem efeitos positivos no seu tratamento.

É importante referir que os Terrores Noturnos embora semelhantes, diferem dos pesadelos. Enquanto um pesadelo é um sonho com conteúdo angustiante, os Terrores Noturnos é um distúrbio do sono. Os sonhos e pesadelos ocorrem na fase REM do sono, enquanto os Terrores Noturnos ocorrem na fase de sono profundo (Ver 5 Estádios do Ciclo do Sono). Como consequência desta diferença, quando os indivíduos acordam após um episódio de Terrores Noturnos, eles não se lembram o que estavam a sonhar ou de que estavam com medo, muitas das vezes nem percebem porque acordaram. Enquanto os pesadelos, por ocorrerem na fase REM, o individuo lembra-se dos detalhes, da história, do conteúdo do seu sonho “mau”.

E você, já teve algum Terror Noturno? Conhece alguém que teve?

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Autor: Jorge Elói

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