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Gravidez Psicológica: Desejo ou Medo?

A gravidez psicológica resulta de uma fantasia de natureza delirante das mulheres que acreditam estarem gravidas quando não estão. Mas como se explica?

Gravidez psicológica, pode também ser chamada por pseudo-gravidez, gravidez psicológica ou simplesmente gravidez falsa. Esta é considerada uma síndrome, visto ser um conjunto de sinais e sintomas, nunca podendo ser considerada uma doença.

A gravidez psicológica é um fenómeno raro, com a probabilidade de um para 20 mil, isto é cada mulher tem a probabilidade de 0,005% de estar grávida psicologicamente, independentemente da sua idade, condições sociais ou possuir histórico psiquiátrico. Porém existem fatores que podem fazer a mulher mais ou menos propícia a uma gravidez psicológica. Fatores como a relação como o seu parceiro, com os seus pais, o seu conceito e construção social de maternidade e gravidez, a existência de um diagnóstico de infertilidade são responsáveis por influenciar diretamente na ocorrência deste fenómeno. A sociedade é corresponsável pelo problema, já que a imagem criada pela sociedade sobre ter filhos ou ser mãe, irá influenciar diretamente a mulher.

A Gravidez Psicológica geralmente pode derivar de duas “origens” opostas, a maioria das vezes surge quando uma mulher quer muito ser mãe, mas já fracassaram inúmeras vezes, nunca sendo bem-sucedidas, como resultado desse desejo e desilusões extremas, o cérebro fabrica o “sonho”, o que vai resultar numa deceção ainda maior. No extremo oposto, mas de forma menos frequente surge a mulheres que não querem ser mãe, não se sentem preparadas ou que tenham medo da responsabilidade, surge então o cérebro, transformando o seu medo em realidade.

Apesar da gravidez ser unicamente de origem cerebral as mulheres possuem sintomas de gravidez, nomeadamente:

  • A menstruação atrasa-se, fica irregular ou até mesmo ausenta-se por completo, o que é característico de uma mulher grávida.
  • Ocorre também a distensão abdominal, aumentando de tamanho a barriga da mulher da mesma forma que aconteceria que estivesse realmente grávida. Este sintoma não apenas convence a própria mulher como também qualquer pessoa.
  • Em alguns casos, mulheres com gravidez psicológica experiênciam a aceleração e/ou o movimento fetal, embora não exista feto para produzir essas sensações, resumindo-se tudo a “ilusões” do cérebro.
  • Por vezes também existe alterações no colo do útero, numa mulher de gravidez psicológica.
  • Náuseas e enjoos matinais, tal como geralmente as verdadeiras gravidas.
  • Aumento do tamanho dos seios e até mesmo produção de leite, idêntico ao que acontece ás gravidas “verdadeiras”.
  • Aumento da sensibilidade.

Geralmente após o diagnóstico de gravidez psicológica, muitas das mulheres recusam-se em aceitar o diagnóstico. Confrontadas com os fatos por vezes, dão origem a outras ideias delirantes para justificar o sucedido, ao mundo, mas principalmente a si próprias. Desde experiências com extraterrestres, experiências religiosas, até mesmo acusando pessoas inocentes como médicos e enfermeiros de rapto. Quando isso acontece, requer avaliação e acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

É muito difícil sem exames distinguir entre gravidez verdadeira ou gravidez psicológica. Convém ir ao ginecologista ou fazer um ultrassom em caso de dúvida.

E você, já conhecia a Gravidez Psicológica?

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Autor: Jorge Elói

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