Psicologia Criminal é uma área da psicologia que tem como objeto de estudo compreender os crimes e o comportamento desviante. Mas qual é a sua área de intervenção?
A Psicologia Criminal é uma área recente da psicologia, com um objeto de estudo muito específico, refiro-me ao comportamento criminal e comportamento desviante.
Esta área da Psicologia surgiu com o psicólogo Lionel Haward, após a Segunda Guerra Mundial, em que este como psicólogo começou a colaborar com a Royal Air Force, construindo perfis com características de criminosos, especialmente do regime nazi. Posteriormente, na década de 50, seguindo os princípios de Haward, o FBI criou o Centro Nacional de Analise de Crimes Violentos, com o objetivo central de aumentar a probabilidade de resolução dos casos que até ao momento não tinham solução. Na década de 80, David Canter funda a psicologia investigativa, com o objetivo de colaborar com a polícia, abordando os crimes de um ponto de vista mais rigoroso e científico, construindo e investigando perfis de indivíduos.
A psicologia criminal tem atualmente como objeto de estudo, os crimes e os comportamentos que estes envolvem. Com esse objetivo, são utilizados testes de personalidade, estuda-se a estrutura mental e outras características patológicas, construindo um perfil e seleciona-lo se for possível com o direito penal.
A psicologia criminal não se foca apenas do crime propriamente dito, mas o seu campo de ação expande-se até a exploração de variáveis preditoras de comportamento criminoso. Esta estuda também de que forma o crime tem origem e como “nasce” o comportamento criminoso do ponto com auxílio de varias abordagens, nomeadamente psicodinâmica, social, sistémica, cognitico, entre outras.
A Psicologia Criminal interessa-se pelos desejos, pensamentos, intenções e reações dos criminosos, de forma a traçar perfis e solucionar crimes. As perguntas centrais do objeto de estudo desta área da psicologia, prendem-se muito com “ O que fez com que este crime acontecesse?” ou “ O que fez o individuo cometer o crime?”, porém abrange as reações posteriores ao crime, à fuga, até mesmo no tribunal.
É importante referir que a Psicologia Criminal por vezes é tratata por Psicologia Forense ou Psicologia Jurídica, contudo são consideradas áreas diferentes.
A Psicologia Criminal, não se interessa apenas em resolver o crime, ela vai mais além, tenta perceber a sua origem íntima. Estudando os perfis de todos os intervenientes, criminosos e vítimas. Ao contrário de algumas teorias que afirmam que ser criminoso é inato, há teorias que defendem que não é o criminoso que faz o crime, mas a combinação de todos os fatores que o envolvem, até mesmo as características da vítima. Nesse sentido, a psicologia criminal complementa-se com a vitimologia que estuda as características da vítima, pois existem investigadores que defendem que existem características que tornam as pessoas mais propensas a determinados tipos de crimes.
Por curiosidade existe uma serie televisiva em o tema base é a psicologia criminal, refiro-me à serie Mentes Criminosas ou Criminal Minds. Para quem se interessa por psicologia criminal, vale a pena ver.
E você, conseguiria cometer um crime?
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Autor: Jorge Elói