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Jung: Inconsciente Coletivo e Arquétipos

Inconsciente coletivo é um curioso conceito criado por Jung, considerado o inconsciente mais profundo. Um inconsciente partilhado por todos, onde estão contidos arquétipos das experiências.

Segundo Carl Jung, discípulo de Freud, o inconsciente do ser humano é constituído por o inconsciente pessoal, introduzido por Freud e ao nível mais profundo o inconsciente coletivo. Este é partilhado por todos os seres humanos, ao contrário do inconsciente pessoal, que é único para cada pessoa. Logo, nesta “camada” do inconsciente todos os seres humanos são iguais.

O Inconsciente Coletivo ao contrário do inconsciente pessoal, não deriva da experiência pessoal nem das idiossincrasias de cada um. Assim, todo e qualquer ser humano partilha uma parte do inconsciente com todos os restantes. Aliás, não podemos falar de partilha visto não haver um dono.

Existem duas interpretações distintas de inconsciente coletivo. Uma define inconsciente coletivo como algo interno e comum a todos os seres humanos, como uma estrutura hereditária. Outra define inconsciente coletivo como algo externo em que o ser humano não o possui, apenas tem acesso.

O inconsciente pessoal e coletivo são estruturas complementares, e segundo Jung manifestam-se igualmente nos sonhos. Pois enquanto uns sonhos estão diretamente relacionados com a vida do individuo, outros parecem um conjunto de imagens sem sentido aparente, que não são associáveis á vida do indivíduo.

Segundo Jung, o inconsciente coletivo é hereditário, ele é uma base de dados, que retém toda a informação dos nossos antepassados humanos, pré-humanos e até animais. Jung, afirma que nele estão contidos arquétipos.

Arquétipos são tendências herdadas, são inatas e ultrapassam o conceito de vida individual, pois eles existem antes do indivíduo e continuarão a existir após o indivíduo. Arquétipos podem ser considerados modelos ou ideias puras, responsáveis por nos comportarmos de forma semelhante aos nossos ancestrais perante situações semelhantes. Como em acontecimentos como o nascimento, a morte, o casamento, a adolescência, reação perante o perigo externo. Existem tantos arquétipos quantas situações típicas da vida.

O conteúdo do inconsciente coletivo, isto é os arquétipos, ativam padrões pré- formados de comportamento pessoal. Por outras palavras, em determinadas situações ou perante determinado objeto ou comportamento, iremos comportar-nos e sentir, igual a todos os seres humanos.

O conceito/imagem de pai e mãe, segundo Jung estão no nosso inconsciente coletivo, são responsáveis pela forma quase universal de nos intensificarmos com eles. Não podemos confundir os conceitos construídos socialmente e culturalmente e os arquétipos, pois estes vão para além da cultura e sociedade.

O inconsciente coletivo não é algo estático, mas é algo dinâmico onde a experiência de cada um pode contribuir para a sua estrutura. Pressupõe-se que se a maioria das pessoas começa-se a pensar e comporta-se de diferente forma isso iria alterar o inconsciente coletivo. Quem nunca ouviu que uma boa ação é inspiradora e contagiante? Pode ser inspiradora e contagiante a um nível conscientes, mas também a um nível inconsciente, alterando o inconsciente coletivo. Teoricamente, com esse conceito de inconsciente coletivo, um conjunto de boas ações, poderia mudar mentalidades a pessoas que não contactassem diretamente com essas ação, pois se fosse capaz de altera um pouco da estrutura do inconsciente coletivo, esta seria partilhada por todos.

A ideia de inconsciente coletivo está longe de ser aceite por todo os investigadores, mas na dúvida, por que não fazer boas ações?

E você, o que acha da ideia de inconsciente coletivo?

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