“Projeção” na área da Psicologia caracteriza um mecanismo de defesa, no qual,principalmente os nossos defeitos pessoais, sejam atributos, pensamentos inaceitáveis ou emoções, são atribuídos a outra pessoa.
Projeção faz parte de um conjunto de mecanismos de defesa introduzidos por Freud, daí também conhecida Projeção Freudiana. É dos mecanismos de defesa mais aceite por outras correntes e abordagens.
A projeção sendo um mecanismo de defesa, tem a função de proteger e defender o nosso ego, das ameaças. A projeção psicológica ocorre quando um individuo por alguma razão, os seus sentimentos são ameaçados ou inaceitáveis, por consequência são reprimidos e projetados a outra pessoa.
A projeção é um mecanismo de defesa, em que um individuo confrontado com os seus comportamentos, atitudes, sentimentos ou emoções e percebe que são inaceitáveis (por outros ou por ele próprio) ou indesejados, o mesmo individuo atribui tudo isso ou uma grande parte a outra pessoa.
Tal como qualquer outro mecanismo de defesa, o objetivo central é proteger o ego, por consequência irá reduzir a ansiedade. Permitindo expressar os impulsos inconscientes e indesejados livremente, mas atribuindo-os a outra pessoa, logo a mente consciente não os reconhece como tal. Um exemplo claro é relativamente ao fracasso, é frequente a pessoa sentir-se fracassada, porém muito dificilmente se assume a culpa no fracasso, pelo contrário, “projeta” as culpas para outro indivíduo.
A projeção, tal como qualquer outro mecanismo de defesa, é inconsciente e involuntário, logo a pessoa, embora esteja claramente a fugir às culpas ou atribuir a alguém algo que é dela, ela própria não tem consciência. Logo a pessoa quando confrontada diretamente com a possibilidade de projetar, dificilmente vai aceitar que está atribuindo a outra pessoa os “seus defeitos”.
A projeção é algo perfeitamente normal e nada patológico. Ela é um mecanismo que facilita a “gestão “ das angústias. É compreensível que é difícil assumir-se fracassado, infiel, mentiroso, frustrado, resumindo é difícil assumir-se diferente e alvo de julgamentos e olhares das pessoas que nos rodeiam, sendo assim a projeção “preserva-nos” já que o outro é que vai ser “diferente” e com os nossos defeitos, não temos que enfrentar essa rejeição, mas o outro têm.
A projeção negativa provavelmente é a mais “popular” porém, também existe projeção positiva, quando atribuímos a um herói, vizinho ou colega características que admiramos, construindo um ídolo e identificando-nos com ele. O mesmo acontece com os testes projetivos, em que a projeção não é necessariamente negativa, porém é sempre algo nosso atribuído a alguém ou algo externo a nós. É importante lembrar que “As coisas não são como são. São como és!”.
Dada a natureza das projeções surgem algumas questões: Porque então umas pessoas usam mais que outras? Ou como utilizar esse mecanismo a nosso favor?
A resposta as duas questões é simpres “ Auto-conhecimento”. Por um lado as pessoas que utilizam com mais frequência este mecanismo, possuem pouca consciência dos seus processos internos, do seu funcionamento. Funcionando quase em “automático”, já que atribuem a outras pessoas “partes suas”, sem se questionarem, assumindo essa atribuição como uma verdade pura e absoluta. Por outro lado, se cada vez que atribuirmos defeitos ou qualidades a alguém se nos questionássemos “ de onde vem esta atribuição?” muitos iriam-se deparar que vinha de si próprio. Assim a projeção poderia ser uma ferramenta de auto-conhecimento, porém é necessário algum autoconhecimento prévio para a poder utilizar corretamente.
É muito frequentemente pessoas projetarem nos outros as suas frustrações, medos, angustias, desejos, etc. É frequente atribuir a infidelidade ao parceiro, atribuir as culpas a outra pessoa dos próprios fracassos, ou mesmo criticar a vizinho por fazer coisas diferentes, por estudar e deixar a mulher em casa, por ir passar o fim-de-semana romântico deixando os filhos com a sogra, por comprar um carro novo, etc. Contudo cada vez que isso acontece, veja se não é um desejo de quem crítica.
E você, é frequente projetar?
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Autor: Jorge Elói