Durante a existência do homem muito se tem falado e questionando sobre a consciência. Como forma de responder a essas questões surge a psicologia transpessoal. Mas afinal o que é a consciência?
Desde o início dos tempos o homem têm se questionado sobre o que é a consciência e de que forma esta influência o comportamento e atitudes do ser humano. Desta forma a consciência é estudada por inúmeras ciências, tais como a filosofia, a neurologia, a ciência cognitiva, e a psicologia.
Atualmente existe uma área da psicologia que se “interessa” particularmente pela consciência, é a psicologia transpessoal. Afirmando que a consciência é essencial para sermos quem somos.
Numa tentativa de definir a consciência: é considerada uma qualidade da mente, abrangendo qualificações como a subjetividade, a autoconsciência, a sabedoria, a capacidade de perceber a relação entre si e o meio ambiente.
É complexo definir consciência, também é considerada um atributo do espírito, outros mesmo consideram o próprio espírito. Ela é fundamental para sermos quem somos, mais que nos percebemos no mundo, ela é responsável por percebemos qual quem somos nós na nossa existência.
António Damásio, no Livro da Consciência, defende que a consciência se divide em 3 dimensões:
Fonte – Referindo-se ao aqui e agora, o ato de dominar e compreender o momento e instante presente, limitando-se a registar os atos presentes, como se de um foco de atenção se tratasse. Esta dimensão esta intimamente relacionada com a atenção.
Processual –Esta dimensão implica expectativas, perspetivas, planos e qualquer outro registo mental em aberto. Nesta dimensão a consciência permite-se, viajar para o passado de forma a perceber e investigar melhor o futuro, o que muitas vezes causa “ruido” nas nossas atitudes e comportamentos, isto é, as nossas expectativas, perspetivas, planos, são fundamentados com as nossas experiencias passadas, porém relacionam-se com o nosso comportamento presente, muitas vezes sem que tenhamos “consciência” disso.
Ampla – Esta é responsável por albergar todos os conhecimentos e experiencias ao longo da existência, porém sem ser um dispositivo ou área associada à memória. Esta dimensão possui em seu registo, todo o conhecimentos e competências que adquirimos ao longo da existência. Associada á processual, é possível “viajar no tempo” da existência do individuo com base nesse registo, tudo dentro dos limites impostos pelo desenvolvimento mental do próprio indivíduo.
Na perspetiva de Freud, consciência é a totalidade dos estados mentais percebidos pelo próprio sujeito. Freud afirmava que era uma pequena parte, já que a maioria dos estados mentais não era percebido pelo individuo, logo chamou inconsciente.
Por curiosidade, neurologicamente ainda não se conseguiu detetar “onde” se localizava a consciência. Por outro lado sabe-se que através da meditação é possível ampliar a consciência e até mesmo chegar a estados alterados de consciência.
Atualmente, embora longe da unanimidade acredita-se que alguns animais também possuam consciência, porém não tão “desenvolvida” como a do ser humano. Esta ideia não foi muito bem aceite pela comunidade científica, visto que se acreditava que era das características que mais nos distinguiam dos animais.
E você, é consciente do seu comportamento?
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Autor: Jorge Elói
