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Sucesso e Estilos Parentais

A educação é fundamental para o desenvolvimento humano. Assim os pais e o “estilo parental” têm um papel fundamental. Mas o que são estilos parentais?

O comportamento do ser humano e a sua personalidade, é fundamentalmente educação com predisposições genéticas, porém atualmente sabe-se que a educação é a “base”. Pois se as predisposições genéticas se desenvolvem ou não consoante o “meio ambiente”, a educação por sua vez tem a função de “mediadora” entre o sujeito e o meio.

Como a educação é a base e fundamental para a construção da personalidade, a educação nos primeiros anos de vida é essencial. Ela pode existir apenas durante os primeiros, porém terá efeitos sobre todos os restantes anos da nossa vida.

Os pais podem nem sempre estar presentes nas nossas vidas, porém a sua educação acompanhar-nos-á até ao fim dos nossos dias. Sem querer ser determinista, eles são co-responsáveis por o que somos e o que iremos ser, visto que são os responsáveis pela educação. Ao falar de “Sucesso” na vida, os pais e a respetiva educação, já que têm um papel de “mediação” entre o sujeito e o “meio ambiente”, podemos considerar que podem ser facilitadores ou dificultadores do “Sucesso”.

Resultado de um estudo de Baumrind (1971) são conhecidos diferentes “Estilos Parentais” distintos:

Estilo Autoritário: os pais tentam manipular e controlar os comportamentos e atitudes da criança, através de disciplina e imposições. Neste estilo a obediência e a disciplina são os valores mais valorizados. Estes pais recorrem frequentemente a punições (físicas e verbais), quando a criança não se porta de acordo com as suas exigências e o que eles pré-estabeleceram para ela. São usadas frequentemente ameaças ou críticas centradas na criança: “se não tiras boas notas, deixamos de gostar de ti”; “és um inútil, uma vergonha para nós, não és capaz de fazer nada bem”. Neste estilo, as manifestações de afeto são raras ou inexistentes.

Estilo Permissivo: neste Estilo Parental, os pais não são vistos como modelos, mas como recursos e “saciadores” das necessidades da criança. Como um negar da maturidade e o crescimento dos filhos e das responsabilidades a eles associadas. Neste estilo parental, as regras são escacas ou inexistentes, não encorajando qualquer obediência. Geralmente existe calor afetivo e frequente manifestações efetuosas, porém sem exigências de maturidade. Este Estilo Parental posteriormente dividiu-se em dois, segundo Maccoby &Martin (1983):

     Estilo Indulgente: quando os pais respondem frequentemente às necessidades e pedidos das crianças, sendo afetuosos, porém não são exigentes quanto às responsabilidades, às regras, normas ou deveres, nem atuam como modelo de comportamento;

     Estilo Negligente: neste sub-Estilo, os pais não se envolvem nas suas funções parentais, havendo uma constante desresponsabilização ao longo da vida da criança, centrando-se apenas a satisfação das necessidades básicas.

Estilo Participativo ou Autoritativo: Este Estilo Parental, existe um estabelecimento de normas e limites, num clima de manifestações afetuosas. Existe comunicação positiva e otimista entre os pais e os filhos. Os pais adequam a sua atitude e comportamento à idiossincrasia e especificidade da criança, indo de encontro às suas necessidades e motivações. Os pais, neste Estilo Parental, fazem exigências de maturidade e responsabilidades em função das capacidades e interesses da criança.

É importante referir que um Estilo Parental, embora possua características de mais de que um Estilo, aqui descrito, existe sempre um conjunto de características que predominam. Podendo ser “diagnosticado” objetivamente qual o Estilo Parental. Além de que, como a família é um sistema dinâmico, o estilo parental pode-se alterar de um filho para outro.

Estudos indicam que o Estilo Participativo, têm filhos com mais “Sucesso” nos vários níveis. As regras e o amor incondicional formam um equilíbrio fundamental para a saúde mental das crianças e para estas crescerem de forma saudável. Porém, a meu ver este Estilo é o que necessita de mais “maturidade” por parte dos pais (pois o simples fato de ser pais, não lhes atribui automaticamente maturidade, ao contrário do que muitas vezes se possa pensar). Visto que muitas vezes os pais têm tendência de repetir a sua educação ou então educar de forma extremamente oposta ao que foram educados.

E você, enquanto pai/mãe e filho/filha, qual o seu Estilo Parental?

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