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Psicose ou Loucura: Uma Negação da Realidade

Psicose ou também conhecida como Loucura, é constituída por um conjunto de sintomas e sinais de negação da realidade.

A psicose é um quadro psicopatológico, adotado pela psicologia clinica, psicanálise e pela psiquiatria. Caracterizando a Psicose unanimemente como a perda de contato com ou negação da realidade. Isto é, o individuo com psicose “constrói” de forma involuntária e inconsciente uma realidade “sua”, uma realidade paralela. A psicose antigamente também conhecida por loucura

Os sintomas clássicos são:

Alucinação: Constituídas por perceções falsas ou erradas da realidade. Podem existir quantos “tipos” distintos quantos sentidos temos. Existem alucinações auditivas, quando o individuo ouve sons ou palavras que não existem realmente, na psicose é o tipo mais comum. Seguindo-se das alucinações visuais, quando os indivíduos vêm coisas que não existem na realidade; das alucinações cinestésicas, quando sentem coisas que não existem; das alucinações olfativas, quando cheiram algo que não existem e por último e mais raro as alucinações no paladar.

Existem também alucinações complexas, quando envolvem mais que um modelo sensorial, como quando se imagina uma pessoa ou personagem que fala connosco. Ou um acontecimento que realimente não existe.

Podem existir alucinações características do processo de adormecer e de acordar, mas são consideradas normais.

Delírio: constituído por falsas crenças e/ou convicções que permanecem apesar de evidencias contrárias e a impossibilidade dos fatos. Existem delírio de várias ordens. O mais frequente é o delírio persecutório, acontece quando o individuo acredita que existem forças externas que tentam prejudica-lo, de inúmeras formas, tais como: conspirações, veneno, câmaras escondidas, etc. Existe também o delírio de ciúme, delírio de abdução, contacto com mortos, etc.

Para o individuo com delírio existe sempre uma forte lógica de pensamento, não existindo nenhum argumento capaz de penetrar ou rebater essa lógica.

Pensamento Desorganizado: muitas vezes também presente na psicose. Alterações do discurso, comportamento estranho e/ou bizarro. Tirando conclusões ilógicas e sem sentido.

Agitação: também é característica da psicose, surge principalmente como consequência dos outros sintomas, das alucinações e do delírio. Não porque têm medo, mas porque acreditam cegamente na realidade que construíram.

A psicose muitas vezes não é considerado um quadro por si só, mas um síndrome, que pode estar presente em inúmeras perturbações, tais como:

– Esquizofrenia
– Doença bipolar
– Depressão grave
– Doença de Alzheimer
– Estresse psicológico severo
– Privação do sono
– Secundário a drogas lícitas e ilícitas
– Epilepsia
– Abstinência ao álcool
– Infeções e cânceres do sistema nervoso central
– Lúpus
– Insuficiência renal e hepática
– SIDA (AIDS)
– Sífilis

Retirando as hipóteses de alterações químicas ou lesões cerebrais. Numa perspetiva psicodinâmica e psicanalítica a psicose surge como resposta a um extremo sofrimento, que o individuo é incapaz de gerir. Assim o cérebro “controi” uma realidade em que essa mesma dor não existe, diminui ou tem outro significado. Por vezes acontece apenas durante um período, outras vezes essa realidade construída é permanente.

É frequente quando morre alguém muito querido, após a morte o individuo para quem essa pessoa era querida, pode relatar contactos visuais ou auditivos com essa pessoa.

Este tema levanta muitas questões metafisicas e mesmo filosóficas, principalmente em dois aspetos.

Se cada um é uma pessoa individual e única, a perceção da realidade é idiossincrática, isto é, igualmente única. Logo, qual o limite no qual distinguimos a psicose? Visto que as realidades são únicas e nunca traduzem objetivamente a “verdadeira realidade”. Outra questão metafisica, refere-se a questionarmos a realidade do individuo, por essa não ser a nossa. Mas isso não tem qualquer sentido pois a realidade de cada um é única. Surge então um dualismo devemos rejeitar o que o individuo relata e ajuda-lo a rejeitar também, ou devemos aceitar e ajuda-lo a “gerir” essa realidade? Cada sintoma ou comportamento tem uma função e/ou significado. Devemos rejeitar tudo isso?

E você, que acha da psicose?

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