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Neurologia do Cigarro

Atualmente, são evidentes os malefícios do tabaco para a saúde física, especificamente às vias respiratórias. E ao nível psicológico e neurológico quais os malefícios?

Quando o tabaco surgiu, acreditem ou não, acreditava-se que fazia bem à saúde, pois foi apenas a partir de 1960 que foram publicados estudos que evidenciam que o tabaco aumenta a incidência de cancro e outras doenças.

O cigarro possui inúmeras substâncias toxicas, entre as quais a popular Nicotina. Sabemos que ao nível físico é a origem de problemas graves, essencialmente ao nível do sistema respiratório e também no circulatório. Surpreendentemente o tabaco e a nicotina, são responsáveis por mais mortes que todas as restantes drogas combinadas. Mas quais as consequências da nicotina ao nível cerebral?

A nicotina ao ser “consumida” vai-se dividir em moléculas, que por sua vez vai-se ligar aos recetores de acetilcolina. A acetilcolina é um neurotransmissor responsável por: funções de motricidade, controle de metabolismo e batimentos cardíacos, influencia a consciência, influencia também na memória e na aprendizagem. Enquanto fuma, a acetilcolina terá um substituto estranho, a nicotina. Por consequência terá influencia sobre todas estas funções.

Como resposta à receção de nicotina, o cérebro produz também, um analgésico natural semelhante à morfina, a endorfina. A endorfina, provoca sensações de euforia e de bem estar, ao mesmo tempo alivia as dores do organismo. Possivelmente desta “libertação forçada”, ocorre o bem-estar, o alívio, a calma, associado ao fumar e por sua vez também a origem do “vicio”. Este efeito dura aproximadamente 60 minutos, porém à semelhança de todas as substâncias produzidas ou introduzidas no organismo, este vai ganhando tolerância. Isto é, cada vez mais, os efeitos são menos intensos e duram menos tempo, obrigando que para reviver as mesmas sensações serão necessárias progressivamente maiores doses de nicotina. Por esse motivo as pessoas tendem a fumar mais, principalmente quando estão mais angustiadas e/ou stressadas.

Outro fator que contribui para o vício é o aumento dos níveis de dopamina nos circuitos cerebrais, provocado por as substâncias do cigarro. A dopamina é responsável por inúmeras funções à semelhança de outros neurotransmissores, entre estas funções está o sentimento de recompensa agradável. Logo o aumento anormal dos níveis desta substancia no cérebro, provoca um sentimento permanente de recompensa agradável, daí a necessidade de manter esse sentimento.

Como é óbvio, durante a abstenção, dependendo da dose que o cérebro está habituado, refletir-se-á nos sintomas. Podem surgir alterações drásticas de humor, irritabilidade, ansiedade, entre outras.

Apesar de todos os prejuízos, do cigarro em geral e da nicotina em particular. Estudos recentes demostram que nicotina sintetizada como medicação poderá ter benefícios principalmente ao nível cerebral e/ou neurológico. Nicotina fez melhorar a memória a pessoas “normais” e a doentes de Alzheimer, beneficiando também a aprendizagem. Outros estudos apontam para que a nicotina tem bons resultados na hiperatividade, aumentando a concentração. Estudos com ratos indicam que a nicotina pode prevenir o Parkinson.

E você, conhecia o efeito do tabaco e da nicotina no cerebro?

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