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Diferenças: Histeria, Conversão, Somatização e Hipocondria

Existe uma interação inegável mente-corpo, ocorrendo a histeria, conversão, somatização ou hipocondria. Mas quais as principais diferenças?

Cada vez mais é inegável que o corpo reflete os “males” da mente, esse reflexo pode ocorrer de diferentes formas, as quais muitas vezes se podem confundir.  Nesta interação, o corpo pode refletir sintomas e mesmo doenças de origem psicológica, vamos então distinguir as várias formas de como isso pode ocorrer.

Histeria: palavra de origem grega, significando “matriz”. Tem origem no termo médico hysterikos, referindo-se a uma suposta condição médica especifica nas mulheres, tendo origem em perturbações do útero. Mais tarde adoptado por Freud, integrando-o na sua teoria psicanalítica. Segundo este, a histeria é uma neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores manifestam-se em sintomas físicos, como a paralisia, cegueira, surdez, etc. Por ser um fenómeno inconsciente, o individuo desconhece por completo o que está a acontecer, perdendo assim muitas vezes o controle, levando-o a ataques de pânico com frequência.

Conversão (conversão psíquica ou transtorno por conversão): É o sintoma atualmente utilizado em substituição à “histeria” introduzida por Freud. Este à semelhança da histeria, embora existam sintomas orgânicos, porém os exames não revelam nenhum problema ou lesão. Na conversão, a lesão ou problema, assemelha-se frequentemente a possíveis problemas/lesões neuronais. A conversão está relacionada com algum tipo de trauma emocional, em que o sintoma constitui uma representação simbólica/metafórica do trauma.

Somatização: Na somatização, além dos sintomas, existe uma doença, problema e/ou lesão detetável nos exames clínicos ou laboratoriais. Nas doenças psicossomáticas, a energia psíquica é direcionada e descarregada no corpo físico, dando origem a uma doença real. Os pacientes com tendência para a somatização, ao contrário da conversão, revelam-se indivíduos relativamente equilibrados emocionalmente, porém apresentam dificuldades em expressar para o exterior os seus sentimentos. A somatização é então uma forma alternativa de expressão emocional, quando esta se revela deficiente ou ineficaz.

Hipocondria: Na hipocondria o indivíduo pensa que possui uma ou mais doenças, frequentemente dando uma importância exagerada a qualquer a qualquer sintoma, sinal e/ou acontecimento de eventual risco. Embora esteja bem fisicamente, este acredita profundamente que tem algum problema, e muitas vezes essa ideia prevalece mesmo depois ter feito exames médicos e verificado o seu estado saudável. Este problema pode eventualmente evoluir para paranoia ou surto psicótico, pois o indivíduo nega a realidade. Por vezes acontece que o fato de acreditar e preocupar-se profundamente, pode refletir-se em outros sintomas, ou mesmo os sintomas da doença que este acredita ter.

Simulação: Dos casos aqui descritos, é o único consciente. Neste, o indivíduo sabe que está bem, que é saudável e que não tem nenhuma doença, porém finge que possui sintomas ou mesmo doenças, visto que constatou que pode ter eventuais benefícios com isso.

 

É importante referir que muitas vezes é complicado distinguir entre as várias situações acima descritas. É necessário exames médicos e conhecer e perceber a pessoa, para conseguir identificar em que caso se enquadra e “libertar” a pessoa desse problema e/ou sintoma.

E você conhecia a interação corpo-mente?

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