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6 Crenças Parentais Erradas e o Desempenho Escolar

Educar é uma arte, a qual muitos dos pais não têm professor. Contudo as crenças que estes possuem podem influenciar essa mesma educação.

Quantas vezes vimos crianças com um desempenho escolar mau ou medíocre, contudo são crianças que não possuem nenhum défice cognitivo/mental. O que faz então que crianças com níveis mentais e cognitivos semelhantes se distanciem tanto ao nível do desempenho escolar?

A resposta é : a Educação.

A educação é fundamental para a motivação, o interesse e envolvimento da criança nas tarefas escolares e extraescolares. Por consequência da educação, esta irá mobilizar (ou não) de forma mais ou menos eficiente os recursos que possui como forma os alcançar os seus objetivos. Na maioria dos casos as capacidades cognitivas / intelectuais da criança ou adolescente são mais que suficientes para que esta seja boa aluna, porém não são mobilizadas nesse sentido.

Acreditem ou não: NÃO EXISTEM INTERESSES INATOS, isto é a criança não nasce a não gostar da escola. Os interesses são “cultivados” de forma consciente e inconsciente, direta ou indireta, pelo meio envolvente, pais, educadores, comunicação social, etc.

Porém existem crenças que os pais têm que podem prejudicar a educação e por consequência também o empenho e interesse escolar.

Existem 6 crenças muito frequentes:

  • Vai gostar menos de mim se exigir mais dele!

Não existem pais perfeitos, além de que na educação não se pedem pais perfeitos, mas sim suficientemente bons. Quando exigir dele, não espere que ele compreenda no momento presente, mas possivelmente no futuro ele irá reconhecer a utilidade e talvez agradecer.

  • Vou ajuda-lo fazendo as coisas por ele!

Ao contrário do que pensa, fazer as coisas pelo seu filho, não o está a ajudar, pelo contrário, está inconscientemente a rotula-lo como incapaz ou a passar a mensagem “estarei sempre aqui para resolver os teus problemas”. Fazer as coisas por ele vai torna-lo mais dependente e menos autónomo, sentindo-se incapaz de resolver/fazer as coisas sem ajuda.

  • Chama-lo à responsabilidade vai traumatiza-lo ou não entenderá!

Responsabiliza-lo não o vai traumatizar, vai faze-lo crescer. Pode ser que inicialmente não entenda o que é responsabilidade, mas seja persistente, é essencial. É fundamental que ele saiba que determinado comportamento terá determinadas consequências e que ele é responsável pelo seu próprio comportamento.

  • Quando crescer tem tempo de se preocupar, não há necessidade de começar já!

Quanto mais adiar a introdução de regras e responsabilidade em criança, mais difícil será ele adquiri-las enquanto adulto. Ser responsável e obedecer a regras é uma aprendizagem, e todas as aprendizagens levam o seu tempo. Não se esqueça que enquanto crianças temos “regras”, mas em adultos, as “regras” são leis, que se não seguidas ou quebradas os castigos são “mais pesados”.

  • O meu filho é um incompreendido!

Não se assuma como único/a que compreende o seu filho, travando uma batalha contra o resto do mundo. É importante que perante ele se mostre neutra, não tomando parte de ele, nem “do mundo”. Se ele perceber que está sempre do seu lado, pode usar isso para fugir às responsabilidades do seu comportamento, atribuindo-as a fatores externos. É normal afirmações como “foi o colega”, “foi o professor”, “não fiz nada”, é importante o mais neutro/a possível tentar perceber o que aconteceu e só depois se assim for requerido tomar uma posição.

  • Com a idade do meu filho eu era igual ou pior, mas depois mudei!

Não há pessoas iguais, nem percursos iguais. Dado a quantidade de variáveis envolvidas, não existem duas formas iguais de educar. Além de que a realidade subjetiva e única do sujeito não está completamente dependente da realidade objetiva. Por outras palavras, não importa o que se vive, mas como se vive.

E você é bom educador?

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