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Ser Psicólogo

Ser psicólogo, é essencialmente uma profissão humana e de muita responsabilidade. O objeto de estudo do psicólogo é o ser humano, em especifico da mente. O objetivo central do psicólogo é proporcionar bem-estar às pessoas. A área de ação dos psicólogos é muito extensa, porém a intervenção recaí em adequar na forma como a pessoa se vê a si própria e ao mundo, em prol do bem-estar da mesma.

 

Ser psicólogo requer:

Competência

Ser psicólogo requer uma forte base teoria, de forma a orientar e fundamentar devidamente as práticas. Uma base teórica e científica permite ao psicólogo ir muito além do que indica a sua própria experiência, além de que uma boa prática só é possível através de uma base teórica sólida. Numa consulta ou terapia, cada passo tem que ter um objetivo, um propósito, um fundamento, nada é por acaso.

Não há pessoas iguais, desta forma não há receitas ou soluções instantâneas para solucionar problemas, isso não implica que não exista competência. A base teórica não nos dá receita alguma, dá-nos sim, orientação e pontos de apoio.

Podemos ajudar e orientar o cliente/paciente a percorrer o caminho, mas não podemos caminhar por ele, nem leva-lo “ao colo”. Quem quer ser ajudado, tem te caminhar nesse sentido. O psicólogo é apenas um orientador do caminho, não pode ser visto como único e exclusivamente responsável pelas melhoras ou recaídas dos seus clientes/pacientes.

 

Respeito

O respeito é essencial para um psicólogo. Este deve respeitar cada pessoa como única. Respeitar cada pessoa na sua liberdade, dignidade, integridade física e psicológica, preservando a intimidade, autonomia e bem-estar. Independentemente da sua cultura, opinião e atitudes. Resumindo, deve aceitá-la incondicionalmente. Neste sentido o psicólogo deve evitar juízos de valor, ser parcial ou criar expectativas.

Perante um cliente/paciente, embora este tenha ideologias, princípios, valores, comportamentos diferentes dos nossos, o psicólogo não o deve de forma alguma julgar. Pois o julgamento é o fim da aceitação incondicional e possivelmente o início do fim da confiança. O medo de ser julgado pode retrair o cliente/paciente que ouve uma opinião oposta às suas crenças ou valores.

O psicólogo deve evitar dar a sua opinião pessoal, deve tentar ser neutro e imparcial, evitar as “palmadinhas nas costas” e o “não se preocupe, tudo se vai resolver” típicas dos amigos quando tentam ser simpáticos. Criar expectativas pode ser um efeito benéfico a curto prazo, mas se estas não se concretizam, vai originar frustração e prejudicar a relação terapêutica.

O respeito nos psicólogos, está intimamente ligado com o valor da humildade. Humildade face ás escolhas, ao percurso, aos valores, às crenças. O psicólogo deve ser humilde e relativizar os fatos, visto que qualquer opção, crença, valor, opinião, têm o mesmo valor do que qualquer outra de qualquer outra pessoa.

 

Privacidade e confidencialidade

Enquanto psicólogo, deve saber garantir a privacidade e confidencialidade dos seus clientes/pacientes, visto que além de ser fundamental para o processo terapêutico, a sua violação é condenável do ponto de vista ético, moral e até mesmo legal. Enquanto o psicólogo está com o cliente/ paciente, tudo o que se possa passar é confidencial e privado, não diz respeito a mais ninguém. A confiança é indispensável para o processo terapêutico e o aconselhamento psicológico.

O psicólogo só pode quebrar o sigilo profissional em casos excecionais, como o caso risco de suicídio. Se cliente/paciente divulga fatos privados e confidenciais ao psicólogo, estas devem continuar privadas e confidenciais. Se o cliente/paciente confia no psicólogo, este enquanto profissional não pode quebrar o sigilo. Não conseguimos ajudar alguém traindo a sua confiança, pelo contrário, prejudicamos alguém que confiou profundamente em nós, o que faz com que dificilmente volte a confiar.

Responsabilidade

O psicólogo tem forte influencia na vida do seu cliente/paciente, visto que este está vulnerável e em sofrimento. A função do psicólogo é então escutar, compreender e ajudar de forma positiva. Podendo o psicólogo influenciar a vida do cliente/paciente, torna-se assim co-responsavel indiretamente de todos os seus comportamentos e atitudes, sendo assim, o psicólogo deve ter consciência de que tem uma vida nas suas mãos, daí a responsabilidade.

Ao ajudar um cliente/paciente o psicólogo fica numa posição de grande responsabilidade, visto que a pessoa irá contar toda a sua vida, incluindo aspetos privados e confidenciais, esperando uma orientação. Neste sentido a pessoa tenderá a ficar muito sensível e suscetível a todas e qualquer orientação vinda do psicólogo.

Princípios na relação terapêutica

Prestando ajuda, o psicólogo intervém nas dificuldades que impeçam desenvolvimento. A relação terapêutica pode ter como base diferentes modelos e/ou orientações, independente de tudo isto, o cliente/paciente deve sentir-se confortável e compreendido, já que só assim se pode ajudar e iniciar a mudança.

Tendo como objetivo final a resolução de problemas e o bem-estar da pessoa humana, existem inúmeros caminhos possíveis para lá chegar. A relação terapêutica é o veículo, que leva o psicólogo e o cliente/paciente desde o problema à solução, porém o caminho que este percorre e a velocidade que este atinge, depende de inúmeros fatores. Não apenas características do psicólogo, como também características do cliente/paciente podem facilitar ou dificultar o processo de ajuda.

Não existe o psicólogo prefeito! Pode existir sim, o psicólogo mais adequado para determinado paciente.

O psicólogo deve essencialmente, saber escutar e comunicar, ser empático, interessar-se pelos problemas humanos. Deve possuir um bom poder de observação e análise, ao mesmo tempo uma capacidade de distanciamento emocional.

 

Onde exercer:

Visto a vasta área de ação, o psicólogo tem um vasto leque de entidades que requerem os seus serviços, tais como: centros de investigação, hospitais, centro de saúde, escolas, instituições educativas, ipss, organizações, instituições desportistas, prisões, tribunais, lares, empresas de marketing, etc.

 

Especialidades da psicologia

Anteriormente descritas são as competências transversais à profissão de psicólogo, porém existem especialidades que requerem necessariamente competências e conhecimentos muito específicas. Entre as especialidades mais conhecidas temos: psicologia educacional, psicologia clínica, neuropsicologia, psicologia ambiental, psicologia criminal ou forense, psicologia das organizações, psicologia do desporto, psicologia transpessoal, psicologia da família, psicologia comunitária, psicologia social, psicologia da saúde ou hospitalar, psicologia do desenvolvimento entre outras. Podemos claramente verificar que a psicologia está presente em todo o lado, desta forma, a psicologia pode-se relacionar com qualquer área relacionada com o comportamento humano.

 

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Autor: Jorge Elói

 

 

 

 

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